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Presente Divino by Dawn Rosewood

Capítulo 125
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Livro Dois - Cap.# 17 “Quero dizer... nao ha nenhuma maneira bioldgica de Eric Reid ter gerado vocé.” Olhei para ele sem expressao.

Este topico estava realmente vindo de novo? Ele ja havia questionado isso na noite do evento de caridade. Uma perspectiva presungosa de alguém que nao conhecia nada melhor.

...De alguém que cresceupais de verdade.

“Sim... eu sei”, eu disse, um pouco irritado. Mas, por alguma razéo, essa resposta pegou Kieran de surpresa. “Espere, vocé sabe?” ele perguntou. “Sim...”, eu disse novamente. “Eu deveria esperar que ele ndo fosse. Porque se ele fosse meu pai bioldgico, imagino que isso teria tornado nosso primeiro encontro muito estranho.elepegando no orfanato e tudo mais.

“Eu nao entendo”, disse ele. “Se vocé sabe que ele ndo é seu pai, por que vocé esta sendo tao leal a ele?” “Por que?” Eu perguntei, incapaz de esconder minha irritagéo agora. “Porque ele ainda é meu pai. Ele aindacriou e cuidou de mim. Eleresgatou de uma casa de merda onde eu sofria muito bullying, uma onde eu era apenas mais uma crianga de seis anos indesejada e ndo amada em um sistema ruim, edeu um lar. Deuhabilidades e propdsito.protegeu de-.” Mas rapidamenteimpedi de dizer as préximas palavras antes que fosse tarde demais. Porque eu ainda podialembrar disso vividamente; naquele dia em que fui adotada. Eu conseguialembrar porque foi no mesmo dia em que cometi meu primeiro pecado.

Eu tinha sido incansavelmente aterrorizada por ser diferente, empurrada e abusada pelas outras criangas. Eles ndo sabiam o que eu era, mas, pensando agora, eles devem ter percebido. Percebi que eu ndo era nada como eles. Que eu tinha uma ameaga subjacente.

... Mas foi esse sentimento deles, esse tratamento, que finalmentefez explodir. Ou talvez eles ‘estalaram’ era uma maneira mais adequada de colocar isso... seus bragos e pernas para ser exato.

Foi precisamente depois desse encontro que meu paiencontrou....

De pé em uma pilha de quatro criangas mais velhas. Coberto em seu sangue. Tremendo incontrolavelmente enquanto eu tentava chegar a um acordoo que eu tinha acabado de fazer.

No entanto, quando ele deu uma olhada em mim, ele ndo parecia nem um pouco perturbadoa cena diante dele. Ele nem sequer pestanejou. Nao, ele simplesmente se aproximou de mim lentamente, agachou-se diante de mim... eestendeu a mao. Eleofereceu um abrigo do qual eu havia desistido ha muito tempo. Uma promessa de que, se eu seguisse suas regras e o ajudasse, estaria para sempre segura sob sua prote¢do. Que eu néo tinha nada a temer uma vez quetornei sua filha. Seu corvo. ...Uma oferta que rapidamente aceitei. Nos seus melhores momentos, era uma felicidade. Seu encorajamento e carinho eram as mesmas coisas que estavam ausentes da minha vida até entao. Este era alguém quevia pelo que eu era e aindaamava independentemente. Quem nao tinha medo da forga sobrenatural que eu possufa quando crianga.

E entdo, quando ele finalmente colocou uma adaga na minha mao ecolocou para trabalhar... eu fiz tudo ao meu alcance para deixa-lo tao feliz quanto elefez. Para retribuir sendo o mais Util possivel. 1 S6 que, como descobri rapidamente, ele possufa um lado muito mais aterrorizante do que eu jamais poderia esperar.

O dia em que cometi meu primeiro erro foi o dia em que aprendi o que realmente significava falharmeu pai. Quando fui inevitavelmente enviado para punicdoapenas quatorze anos de idade, aprendi minha ligao da maneira mais dificil. Uma liao em que ser complacente e escorregar tinha consequéncias. Porque era mais dificil esquecer as regras quando elas eram dolorosamente reforcadas em sua mente.

De uma forma distorcida e distorcida, agora eu sabia no fundo que as coisas ndo eram o que provavelmente deveriam ser. Que era insalubre e perigoso, especialmentea ameacga que ele representava para mim e para aqueles ao meu redor. Mas... ele ainda era meu pai. Uma parte de mim ainda queria acreditar que suas agoes eram apenas para o meu melhor interesse.

... E foi por isso que eu ndo consegui descobrir o motivo dele paraenvenenar.

Por que passar os Ultimos dezesseis anoscriando, gastando milhares em dinheiro e recursos paratransformar meticulosamente em quem eu era... sé para entdodar algo tao téxico? Eledeu seu nome,chamou de filha... entdo tentoumatar lentamente? Qual era o ponto? Parecia... um mau investimento. Algo que eu sabia que meu pai era mais cuidadoso.

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Eu estava apenas delirando sobre o que realmente estava acontecendo? “Eu nao espero que vocé entenda,” eu disse,afastando dos meus pensamentos. “Mas ele é a Unica familia que eu ja conheci. S6 porque ele nao é meu sangue, nao significa que ele seja menos importante. Nem todo mundo tem a sorte de ter seus pais verdadeiros vivos.” “Eu nao... eu nao quis dizer isso dessa maneira,” disse Kieran. “Eu s6 estava tentando-.” “Eu sei 0 que vocé estava tentando fazer,” eu interrompi, levantando a mao para deté-lo.

Ele disse issoa esperanga de que de repente eu mudasse de ideia sobre tudo. Que eu pensaria que na verdade nao precisava ficar... mas nao fazia diferenga. Na verdade, tudo o que fez foi reafirmar exatamente o que estava em jogo.

“Tudo o que estou tentando dizer é que ninguém deve tratar sua prépria filha dessa maneira”, disse ele. “Ele claramente nao te ama do jeito que vocé pensa. Nao se ele estiver disposto a fazer todas essas coisas. Um pai nunca deve querer machucar seu filho.” “... Acho que n&o saberia entéo,” eu disse amargamente. “Mas eu aprea visdo de alguém mais afortunado.” Virei as costas e fui embora, mas sua voz rapidamenteparou. “...Vocé nao é a Unicaum pai morto, Raven,” ele disse, sua voz tensa. E, instantaneamente,senti um pouco culpado.

Eu tinha esquecido o que tinha lido no arquivo de Victor. Mencionou ser casado, mas nao continha detalhes da esposa. Normalmente, isso implicava que o parceiro havia morrido hd muito tempo para nossos registros, algo que eu ja tinha assumido, mas nao pensei muito nisso. ...Mas essa era a mae de Kieran. Deu-lhe um significado inteiramente novo agora que eu nao estava apenas lendo palavras em uma pagina. Essa era uma pessoa viva.

“Eu era apenas uma crianga quando aconteceu, mas tinha idade suficiente paralembrar dela”, continuou ele. Sinceramente, nao sei se isso melhora ou piora... mas posso pelo menos entender sua dor, mesmo que sé um pouco. Temos mais em comum do que vocé pensa.” Sentiprendendo a respiragao, essa coisa toda sé acrescentando mais confusdo a minha cabega ja em conflito. Tudo isso era demais para processar.

... Nao, eu precisava sair antes que eu realmente fizesse algo quearrependesse.

Sem dizer mais nada, abri a porta e fui dar um passo sobre a soleira. “Trés dias, Raven,” elechamou. “Vou esperar trés dias. Eu realmente espero que vocé mude de ideia.” Foi o suficiente parafazer parar por um momento. Masos dentes cerrados e,um empurrao final de forga, fiz o que precisava fazer.

... Eu finalmente saf . “Adeus, Kieran,” eu disse baixinho. E fechei a porta atras de mim.

Os préximos dias pareceram dolorosamente lentos. A cada segundo que passava, eu estava muito ciente de como era mais um segundo desperdigado, sabendo que Kieran estava la. Esperando por mim naquela sala, esperando que eu reconsiderasse. Nao querendo nada de mim além deajudar a escapar.

... Levou cada grama de autocontrole que eu tinha para ndo ceder.

Depois de ter algum tempo para esfriar e reavaliar, eu estava disposta a aceitar agora que talvez o que Kierandisse tivesse algum mérito.

Eu amava meu pai... mas também o temia igualmente. Tinha sido assim por muitos anos agora, mas euacostumei a isso. E assim, independentemente dos motivos por tras de suas ages, tive que reconhecer que talvez minha ficrenga nao seja verdadeira. Que talvez ndo houvesse uma boa razéo para eledar o remédio.

...Que talvez as coisas fossem piores do que eu pensava inicialmente. Nao fez muito para a minha situagao atual embora. Eu ainda estava preso independentemente, impotente para ir a qualquer lugar. Se Kieran soubesse o quédo longe o alcance do meu pai realmente era, ele ndo estaria falando de fuga téo facilmente. Nao, eu ainda estava fazendo a escolha certa.

Dessa forma, eu poderia manter Kieran seguro. Dessa forma... eu poderia continuar fingindo que estava tudo bem. ... Ou, pelo menos, eu pensei que era o caso.

Porque no terceiro dia aconteceu algo que fez meu sangue gelar. Fui chamado ao escritédo meu pai e vi em sua mesa exatamente o que eu temia ver. ...Outra pasta manilha.

“Pai,” eu cumprimentei, incapaz de tirar meus olhos disso. “Desculpe se vocé teve que esperar muito. Acabei de ouvir de Gavin que vocé queriaver. “Minha querida filha”, disse ele, pousando sua bebida. “Sim, por favor...

sente-se.” Oh nao.

Nuncapediram para sentar. Algo sobre isso parecia... errado.

Hesitante, puxei a cadeira para tras e fiz o que ele pediu.

“Tenho ouvido... algumas histdrias interessantes”, disse ele. “Historias... sobre vocé.” isso, meu corpo inteiro congelou, esquecendo momentaneamente como respirar.

Como uma cobra, era como se eu pudesse sentir o aperto de meu pai lentamente enrolando em volta do meu pescogo, apertando minha garganta... fechando....

... E eu sabia que ele tinhapegado.

Eu deveria saber melhor. Nao, eu sabia melhor. Eu sabia o tempo todo que segredos eram impossiveis nesta casa e mesmo assim tentei. “Eu no... eu nao tenho certeza do que vocé esta se referindo,” eu disse, embora eu soubesse que era um jogo perigoso bancar o burro aqui.

“Dé uma olhada por si mesmo”, disse ele e comegou a apontar para a pasta na mesa.

Instantaneamente, eu engoli nervosamente, olhando para ele atentamente mais uma vez. Quem é o nque eu encontraria 1a? Era de Noé? do Zac? de Kieran? ...Meu préprio? a mao trémula, estendi a mao... e abri a tampa para revelar o contetido.

S6 que o que encontrei |4 nao era um nome... mas sim uma foto.

Uma foto minha saindo de um taxi em frente ao hotel de Kieran.

Foi a noite em que fui até ele para obter respostas. O dia em que meu pai deveria estar fora da cidade. De alguma forma, parecia que eu tinha sido seguido, apesar de tomar precaugdes extras. Isso significava que meu pai propositalmente tinha alguémobservando sem meu conhecimento. “Vocé sabe quem esta atualmente hospedado neste hotel?” ele perguntou. Eu nao tinha certeza do que dizer, ja sabendo que n&o havia nada que eu pudesse fazer nessa situagdo para melhorar.

Depois que varios momentos se passaram, dos quais eu ainda nao havia respondido, meu pai continuou sem esperar (Kieran Lycroft,” ele respondeu. “Vocé pode se lembrar dele do evento de caridade do prefeito na semana passada... Vocé sabe, a tarefa que vocé nao conseguiu reunir “ Pense, Raven. Pense”, comecei a gritar na minha cabegca uma e outra vez.

Se eu ndo encontrasse uma maneira de consertar isso agora, tudo teria sido em v&o. Inferno, eu estaria enfrentando repercussées semelhantes se eu tivesse tentado fugir.

Mas, o mais importante, eu tinha jogado Kieran na linha de fogo. Colocando o alvo que eu tentei tanto manter longe dele.

“Agora, por que vocé pode estar Ia, meu corvo?” ele perguntou, a curiosidade enchendo aqueles olhos cinzas dele.

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... Olhos que eu conhecia muito bem nesses ultimos dezesseis anos.

Mas foi dentro dessa familiaridade que uma ideia finalmenteocorreu. Uma maneira de salvar Kieran.

Porque eu sé precisava fazer o que sempre fiz... 0 que sempre tentei fazer.

...Eu sé precisava agradar meu pai. “... Vocé esta certo,” eu disse, finalmente encontrando minha voz. “Eu estava la. Desculpe n&o ter Ihe contado. Mantive em segredo porque queria que fosse uma surpresa.” Ele franziu a testa, sua curiosidade claramente sé aumentando. “Depois da minha punicao, eusenti responsavel por minhas ages,” eu rapidamente continuei. “Assim como vocé disse... eu nao agi apropriadamente e falhei em fazer o que era melhor para nés. Melhor para a empresa. Entéo... eu queria fazer as pazesvocé. “...E assim mesmo?” “Eu pensei que se eu ainda pudesse completar a misséo de alguma forma, entdo vocéperdoaria. Eusenti horrivel sabendo que eu tinha quebrado sua confianga e eu nao queria te dizer o que eu estava fazendo caso eu falhasse novamente. No entanto, olhando para isso agora, posso ver como minhas ages foram enganosas. Eu realmente sinto muito, pai.” Ele parou em silénenquanto examinava cuidadosamente meu rosto e, por sua vez, olhei para minhas maosvergonha. Eu precisava desempenhar o papel que normalmente faria em uma situagdo como essa. Um de submeter-se as minhas falhas.

“Se vocé acha que eu deveria ser punido, eu entenderia completamente...” “Vocé teve sucesso?” ele perguntou, sem esperar que eu terminasse. — Por acaso vocé descobriu sobre os documentos? ...Interessante. Ent&o ele realmente estava determinado a encontra-los. Ainda mais do quepreocuparminhas ages.

Se fosse esse 0 caso... Euperguntava se havia uma maneira de girar isso...

ESSE Mas, no, isso provavelmente era esperar demais. A nao ser que.... “... No,” eu respondi. “Mas consegui fazer amizadeo filho. Ele confia em mim agora. Quase demais. Assim como vocé disse, eu dei a ele meu melhor sorriso.” Vamos... Morda a isca.

Por favor, pegue. Apenas uma coisa. Em todos os meus anos, por favor,dé apenas uma coisa. “E vocé sente que esta perto de localizar os documentos?” meu pai respondeu, incapaz de esconder seu interesse agora. Eu exalei em frustragao simulada, fazendo o meu melhor para agir o mais genuino possivel. “Sinceramente... e ndo quero decepcionéa-lo ainda mais... mas acho que o filho nao sabe nada sobre eles.” Eu podia ver como ele instantaneamente se esvaziou, descontenteisso.

Uma resposta que foi perfeita para mim. Significava que estava funcionando.

“Dito isso,” eu continuei. “... Eu acho que o pai dele pode. Kieran mencionou algo como Victor precisando fazer negdcios importantes em Ashwood. Um grande desenvolvimento que acabou de surgir. Na verdade, acredito que Kieran esta indo para casa hoje para ajudar. S6 lamento nao ter conseguido descobrir mais nada, pai. Eu realmente tentei.” Ele nem parecia em fases que eu sabia de tudo isso e nado tinha contado a ele ainda. Ele estava muito focado apenas na informacgéao. Felizmente, o que eu disse aparentemente se alinhavaquaisquer que fossem esses documentos, algo que eu precisava blefar baseado puramente em suposigées. “Certamente é uma pena...”, disse ele, perdido em pensamentos.

“Hmmm. Mas, na verdade,” continuei, inocentemente levando um dedo ao meu queixo em pensamento. “Agora que penso nisso... vocé sabe, eleimplorou para irele.” Ele olhou bruscamente de volta para mim, seu interesse agora despertado mais uma vez.

“Se vocé quiser... talvez eu possa ir Ia eu mesmo...” eu disse. “Descubra os documentos de Victor e possivelmente até recupere-os.” ...Por favor, morda a isca.

“...Ninguém sequer pensaria que algo era estranho. Apenas mais um garoto rico trazendo para casa uma garota bonita. Alguém que nao representou nenhuma ameaga nem causou qualquer motivo para que eles fossem guardados. ” Por favor...

“Tudo o que eu preciso é da sua permissao, € claro.” Por favor....

Apenas uma coisa.

A Unica coisa que eu sempre quis tanto.

Por favor, deixeirele.

E, quando encontrei os olhos de meu pai, nunca fiquei tdo nervosa quanto esperei por sua resposta.

“... Muito bem”, disse ele. Foi a melhor noticia que eu ja ouvi na minha vida. E embora eu nao tivesse certeza do que fazer a longo prazo, ou mesmo sobre os documentos sobre os quais eu menti descaradamente... pelo menos, por enquanto, eu tinha a chance de escapar da minha jaula sem nenhum medo. ... Se apenas por um curto periodo de tempo.