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Presente Divino by Dawn Rosewood

Capítulo 124
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Livro Dois - Cap.# 16 Ele sabia... ele sabia 0 que eu era e escondeu isso de mim.

Porqué? Nao fazia sentido. Mas... isso realmente importava? Mesmo que meu pai soubesse, isso ndo mudou nada na minha situacéo. Ele apenas adicionou mais perguntas para as quais eu provavelmente nunca obteria respostas. Afinal, ndo era como se eu pudesse confronta-lo sobre isso. Se ele sentisse mesmo um pouquinho de rebeldia de mim, eu tinha certeza de que ele prefeririaprender do queperder.

“...Raven?” Certo... Kieran. Ele ainda estava esperando que eu respondesse... s6 que eu nao tinha certeza do que fazer. Eu estava em mais um dilema de escolher dois lados. Ambos tiveram pregos altosresultados incertos.

Dizer a verdade, a verdade real, significava convida-lo para ver esse lado da minha vida. Um lado onde ele provavelmente aprenderia as agoes sombrias de meu pai, nosso negdcio, e do trabalho envolvido nisso. Isso, por si s6, era uma coisa perigosa de divulgar a qualquer um, a informagao colocando um alvo em Kieran.

...Mas eu tive que reconhecer outra coisa também. Ao trazer Kieran e contar a ele tudo isso... ele estaria a centimetros de descobrir a verdade sobre mim também. Sobre todas as minhas contribuicbes sombrias até agora. Coisas que agorafaziam sentir emogdes que eu nunca esperava sentir.

Porque uma parte de mim de repente sentiu... vergonha. Culpado.medo do que ele pensaria se soubesse de tudo que eu tinha feito no passado. De quem eu era durante o dia. Nunca antes euimportjulgamento de outra pessoa assim. Minha vida sempre foi muito ocupada parapreocuparalgo assim por muito tempo. Mas... Kieran era diferente. Pela primeira vez, eu estava comegando aimportaro que alguém pensava de mim. Ele nao tinha sido nada além de Util, fazendo o seu melhor para resolver os problemas queatormentavam ha anos. Eu o ataquei, acusei, ameacei e o afastei... e ainda assim ele nao parecia se importarnada disso. Eu podia ver uma bondade nele que ninguém mais haviamostrado. Algo puro que foi dado sem pedir nada em troca. Ou ele era psicético... ou realmente queriaajudar. Qualquer outra pessoa ja teria ido embora... E foi por essa razdo que finalmente tomou a decisao por mim. Um onde manté-lo longe ainda seria o melhor. “... Um médico,” eu mque menti. Era uma verdade técnica, embora nado muito certa.

“Eu nao sei muito sobre ele.” Mas, aparentemente, eu subestimei grosseiramente o quanto Kieran ja havia percebido sobre minha vida. “...

Era seu pai?” ele perguntou,pegando desprevenida.

Minha cabeca imediatamente girou bruscamente para olhar para ele, encontrando sua expressao séria. “...Por que vocé diria isso?” Eu respondi. Eu estava tentando fazer meu tom soar casual apesar da tens&do que sentia.

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“Eu vi como vocé estavamedo dele naquela noite em que nos conhecemos”, disse ele. “Se ele te machucou, vocé podedizer.” Por essa resposta? Nao, ndo, eu ndo podia. Ele acabou dedar mais uma confirmagao de que eu estava fazendo a coisa certa. Kieran se envolvendo sé terminariaele se colocando em perigo também. “Eu estou bem,” eu menti, “Ele sé... faz o que ele acha que é melhor para mim.” “Raven, eu quero dizer isso”, ele persistiu. “Vocé nao precisa aturar ser maltratado. Na verdade, eu ndo acho que vocé deveria voltar para casa.”. “O que...?” os supressores e prata, acho que vocé deveria voltar para Ashwood comigo”, disse ele. “Seja atendido por um médico que realmente sabe te avaliar corretamente. Certifique-se de que nao haja efeitos a longo prazo devido ao que ele fezvocé. Vocé pode viver o tipo de vida que deseja sem nunca ter que sentir medo.” Deixar... meu pai? Ele estavaoferecendo a mesma coisa que eu estavamuito medo de sonhar. Escapando de tudo, deixando meu pai para tras... finalmente sendo livre. E ndo apenas isso, mas também ter permisséo para entrar no mundo em que eu sempre fui criada. Tenha acesso irrestrito a respostas ainda desconhecidas. Sobre quem eu era, o que havia de errado comigo, sobre como eu poderia melhorar.

...S6 que, enquanto pensava nisso, logo voltei a realidade. Porque era apenas isso... um sonho. Uma fantasia.

No minuto em que eu saisse desta cidade, elerastrearia e imediatamentearrastaria de volta para casa.

N&o havia tal coisa como ser livre.

Além disso... mesmo que eu ndo pudesse ver, eu tinha certeza de que deveria haver uma razao pela qual eledeu a prata e os supressores. Tinha que haver. Tudo o que ele tinha feito sempre teve um propdsito. ...Talvez eu estivesse apenas perdendo alguma coisa. “Desculpe... eu ndo posso fazer isso,” eu disse baixinho.

“Raven, eu nao posso simplesmente mandar vocé de volta para 1a, impotente para parar o que quer que esteja acontecendo,” ele argumentou, claramente descontentea minha resposta. “Vocé nao querdizer a verdade, claro, mas seu rosto diz tudo. As contusées em suas costelas dizem tudo. Eu sei que algo esta acontecendoele. Eu posso sentir a manipulagdo a uma milha de distancia.” Issoarrepiou, instantaneamentefazendo ficar um pouco na defensiva.

Nao havia nada que eu pudesse fazer e minhas maos estavam atadas. N&o era como se isso fosse facil para mim ou algo que eu quisesse. Meu lugar era ao lado do meu pai. O Unico lugar onde eu poderia estar.

A melhor coisa para todos era se Kieran simplesmente aceitasse isso e deixasse para la.

... O que, é claro, ele n&o fez.

“Vocé nao acha que eu nao pensei sobre isso? O homem tem uma filha que ele mantém escondida, raramente permitindo que eles conhegam alguém de fora”, disse ele. “Isso soa exatamente como isolamento, garantindo que vocé dependa dele, e apenas dele.” “Pare,” eu rapidamente avisei, ndo gostando de onde isso estava indo “E ent&o adicione o fato de que, apesar de ser a filha de um homem rico, vocé tem habilidades de luta mais afiadas do que a maioria dos guerreiros habilidosos que eu conheci. Habilidades muito além de qualquer aprendizado médio. Nao consigo pensar em muitas razées pelas quais vocé precisaria de uma coisa dessas em uma cidade como esta, especialmentea educagdo que deveria ter tido.” “...Eu disse pare.” “N&o €é preciso ser um gépara perceber que estd usando e abusando de vocé, Raven,” ele continuou, ignorando minhas palavras. “Se ele te deu as pilulas ou n&o, eu ja cheguei a essa conclus&o dias atras. Se vocé apenas vier comigo, eu posso proteger-. “— Kieran, pare!” Eu finalmente gritei, lagrimas ameagando cair dos meus olhos. Ouvir tudo isso foi demais. Ambos dolorosos... e aterrorizantes. Porque se ele ja tinha descoberto tanto sobre mim, entdo ele estava perigopsamente perto de coisas que ele ndo deveria saber. Se intrometer mais, seria quase impossivel para mim manté-lo seguro.

“...Por favor pare. Por favor,” eu implorei. “Vocé nao sabe o que esta dizendo.” Ele finalmente levou um momento paraolhar corretamente, parando apenas o tempo suficiente para ver meu comportamento. “...

Fui dizer mais alguma coisa, protestar um pouco mais, mas, enquanto ele continuava aolharum rosto chde preocupagéao, olhos que continham apenas sinceridade... eusenti rachar.

... Eu rachei um pouquinho sob essa presséao ... e forneci uma confirmagéo que eu nunca esperava dar. Um que realmente ndo admitia nada, mas disse a ele tudo o que ele precisava saber.

“...Se minha vida é realmente tao ruim quanto vocé diz que é...”, eu disse, incapaz de esconder a dor em meu tom. “Um chde tristeza e abuso, e onde eu estava impotente aos caprichos de um homem extremamente poderoso nesta cidade... por que vocé acha que eu ficaria?” Nao importa o que eledissesse, no final do dia, eu ainda era o corvo do meu pai. S6 porque as barras da minha gaiola nem sempre eram visiveis, ndo significava que eu nao podia sempre senti-las em todos os lugares que eu ia. A Ultima coisa que eu queria fazer era prender Kieran aqui junto comigo.

“Vocé acha que descobriu tudo, mas vocé naoconhece, Kieran,” eu continuei, rapidamente recuperando qualquer compostura que eu pudesse reunir. “E vocé nao entende metade do que esta dizendo.” “Raven, eu estou tentando te dizer que ele nao pode te tocar enquanto vocé vier comigo,” ele disse.” ...Eu posso te proteger. Eu prometo.”.

Mas se eu aceitasse sua ajuda, nao seria *eu* quem precisava de protecao. Ja podia visualizar a pasta manilla agora... lendo seu nno topo... sabendo o que significaria.... 1 Estremepensamento.

“Eu apretudo que vocé fez por mim,” eu disse, ja sentindo meu peito doeras palavras que eu estava prestes a dizer. “Mas... ndo estou interessado em ir embora. Eu sinto Muito.” Antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa para tornar a decisao mais dificil, eu rapidamentelevantei e caminhei até o quarto paratrocar. Focando em qualquer outra coisa além do que estava acontecendo para que eu nao rachasse acidentalmente novamente. “Vou ficar mais alguns dias no caso de vocé mudar de ideia,” eu o ouvi dizer, falando do outro lado da porta. “Ao contrédele, eu nao vou forga-lo a vir comigo. Eu quero que esta seja sua escolha. Sua decisdo. Algo que vocé claramente nunca recebeu antes.” Por que ele estava tornando isso tao dificil? Eu ja estava tremendo tanto, sentindo meu coracao pulsando forte no meu peito. Eu néo precisava disso para arrastar mais do que era.

Mas quando ele mencionou seu retorno para casa, issofez perceber algo.

Isso... esta foi provavelmente a Ultima vez que eu o veria. Ndo sé por causa das dificuldades da cidade que ele mencionou antes, mas também era improvavel que eu fosse capaz de escapar assim novamente. Fazer isso uma vez ja tinha sido muito arriscado.

E quanto a futuros eventos mutuos, podemos nos encontrar em...? Bem, eu duvidava que meu paipermitiria participar de qualquer coisa como a festa do prefeito novamente depois do que aconteceu da dltima vez . ... E enquanto eu pensava mais sobre isso, chegando a um acordoo que isso significava, de repente senti uma estranha sensagao de clareza. ... Porque o que quer que acontecesse agora, ndo importaria depois de hoje.

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Foi um pensamento quefez caminhar imediatamente até a porta, abrindo-a para revelar Kieran do outro lado. Ele tinha um braco contra o batente da porta, seu corpo inclinado para a frente de uma forma que sugeria que sua cabega estava descansando na madeira momentos antes.

E, quando fiquei cara a caraele novamente, ele instantaneamente olhou para cima como se estivesse prestes a dizer outra coisa. Uma expressao quedizia que ele ainda nao tinha desistido de tentarconvencer.

Mas isso ndo importava mais para mim, minha mente agora ja estava decidida. Antes que ele pudesse dizer uma Unica palavra, eu rapidamenteaproximei epressionei contra ele, pegando-o de surpresa. E, instintivamente,entreguei a esse desejo implacavel que sempre sentia quando ele estava por perto Eu arqueei meu corpo para cima, passando a mao pelo cabelo dele, e bem quando um arrede prazerpercorreu... Eu trouxe meus labios para encontrar os dele.

...E foi perfeito. Exatamente como eu sempre imaginei que seria. Talvez ainda melhor. E embora eu pudesse dizer que ele estava relutante no inicio, possivelmente questionando minha mudanga repentina de atitude, ndo demorou muito para que sua boca comecgasse a responder. Movendo-se contra o meu, bebendo cada sensagao oferecida... transformando essas faiscas em chamas.

Quando sua mao se moveu para minha cintura epressionou mais perto dele, uma excitagdo de possibilidades instantaneamente borbulhou em minha mente. Eu poderia dizer que elequeria tanto quanto eu o queria. Que, qualquer que fosse essa obsessdo absurda, definitivamente era sentida mutuamente.

Ele estava se sentindo queimando no calor daquelas chamas também? Intoxicado pelo meu cheiro como se eu fosse dele? Eu nado pude deixar deperguntar o que poderia acontecer se eu realmentesoltasse completamente naquele exato momento... se eu esquecesse todo o resto eentregasse inteiramente. ... Mas este ndo era esse tipo de beijo.

N&o, este era apenas um adeus. E, emboradoesse fazer isso, lentamenteafastei o suficiente para encontrar seus olhos. “Eu realmente apretudo que vocé fez por mim,” eu disse, tomando um momento final para segura-lo, procrastinando o que eu precisava fazer. “Vocédeu conhecimento de que eu poderia ter passado o resto da minha vida sem nunca descobrir, vivendo meus dias enquanto eu continuava pensando que eu realmente era perigoso... que eu era uma aberragdo. Agora posso pelo menos tentar melhorar, mesmo que nao seja do jeito que vocé quer.” “...Eu pensei que aquele beijo era porque vocé estava concordando em ficar comigo,” ele disse calmamente, desapontamento pesado em seu tom.

Eram palavras quemachucaram mais do que eu pensei que iriam,fazendo ansiar por retirar tudo o que eu disse e concordar em irele. Mas isso ndo era sobre mim. Isso era sobre lealdade ao meu pai... e sobre proteger Kieran. “... Eu realmente sinto muito, Kieran.” ... E euafastei de seus bragos, agoramovendo em direcdo a saida.

Peguei minha bolsa no balcdo e imediatamentedirigi para a porta da frente, mas foi quando minha mao estava na maganeta que o ouvi falar atrés de mim.

“Espere,” ele disse,fazendo parar. “Ha algo que vocé deveria saber. Algo que pode fazer vocé reconsiderar.

E, relutantemente, eu virei minha cabega para tras para olhar para ele, ja lutando como se estivesse indo embora a luz do que aconteceu entre nés. “O que € isso..?” Eu perguntei. Mas sua expressao sé ficou mais intensa, o que quer que ele quisesse dizer claramente era algo que ele ndo tinha certeza. Como se ele estivesse indeciso se deveriacontar.

“Kieran... o que é isso?” eu pressionei. Ele finalmente respirou fundo e deu um passo em minha diregao. “Eu nao sei como te dizer isso,” ele disse hesitante. “...Mas ele nao é seu verdadeiro pai, Raven.” “0 que...? O que vocé quer dizer?” “Quero dizer... ndo ha nenhuma maneira biolégica de Eric Reid ter gerado voce.”