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Presente Divino by Dawn Rosewood

Capítulo 50
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Capitulo Cinquenta Ela estava morta. Myra estava morta.

As palavras continuavam se repetindo na minha cabeca, mas eu estava lutando para aceitar que era real Infelizmente, eu sé tinha permanecido inconsciente por alguns minutos antes de Aleric conseguiracordar. Euencontrei no sofa e respondi todas as suas perguntas da melhor maneira que pude, embora muito roboticamente. Quando terminei de descrever onde Myra estava e seu estado atual, Aleric saiu rapidamente para ir buscar a equipe de patrulha vasculhando a area em busca de bandidos. Contei a ele sobre minha adaga que foi usada, a da caverna que deixei para tras, e até mesmo sobre Thea. Como ela era, onde os dois estiveram e que eu disse a Myra para falarela. Ninguém realmenteouviu depois que eu mencionei a faca desonesta. Todos eles imediatamente entraram em alerta maximo, principalmente procurando por eles, néo por Thea. Todo mundo tinha pensado desde que minha adaga perdida foi usada, que eram os bandidos tentando retaliar por matar seus companheiros. E entao, Pessoas entrando e saindo da casa, dando relatérios de status e confirmagoes sobre o corpo de Myra. Pessoas ficando frenéticas enquanto tentavam encontrar pistas. Uma discussao entre funcionarios sobre quem iria informar a familia de Myra. Eusenti doente sé de ouvir tudo isso.

Mas eu n@o conseguiamexer, muito menos funcionar o suficiente para ser de alguma ajuda.

Eu apenas sentei naquele sofa... e assisti. Silenciosamente. O tempo todo apenassentindo morto por dentro. Tao morta quanto Myra estava agora por minha causa. E eu sabia que tinha sido minha culpa. Tudo. Ela mesma disse isso; foi por minha causa que sua vida se tornou tao anormal. Talvez ela pudesse ter vivido o suficiente para ter aquela vida média que ela mencionou. Ela poderia ter tido aquele companheiro comum...

aquelas criangas... e morrido de velhice. Morreu naturalmente.

Nao estéd morto agora por minha causa.

Mas eu nao sabia. Eu nao sabia que pedir a ela para falarThea levaria a isso. Eu nao sabia que sua vida estaria em perigo.

“... Senhorita,” uma voz de repente disse na minha frente. Percebi entdo que eu estava olhando para o torso de alguém parado na minha frente por Deus sabe quanto tempo.

Olhei para cima lentamente, piscando varias vezes enquanto meus olhos entravam em foco, e vi Lucy ali .

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“... Senhorita, estou aqui para leva-la para casa”, disse ela suavemente.

Ela parecia preocupada e eu nao precisava adivinhar o porqué. Mas naofez sentir melhor. “...Eu vi Thea,” eu respondi baixinho, ignorando o que ela disse. Minha voz soava distante e ainda muito rouca. Ela se encolheu de surpresa, quase incrédulao que eu tinha acabado de dizer a ela. “O que...? O um?" on Shia,” Ela suspirou. — Isso pode explicar algumas coisas ent&o. “... Como o qué?” Ela fez uma pausa, sem saber se deveria responder, mas acabou falando.

“Descobri ha cerca de uma hora o que aconteceunosso investigador particular”, disse ela. “Ele foi morto alguns meses atrds em um territévizinho. A matilha esta tentando nos contatar para perguntar sobre seu ultimo caso, mas mantivemos nossa identidade tao bem escondida que eles nao sabiam como nos encontrar.” Fechei os olhos, sentindo a onda de exaustdo que esse novo desenvolvimento trouxe. “... Entdo, na verdade, foi Thea quem fez.” “Senhorita.. ?” Eu ja suspeitava disso, mas ouvir essa noticia agora sédeu mais certeza.

Thea foi quem matou Myra.

“Ela deve ter percebido que alguém a estava rastreando e manteve distancia até que o investigador se encontrouvocé da Ultima vez. Isso explica como ela foi capaz deencontrar. Ela sé teve que seguir seu rastro até aqui. A morte do investigador foi provavelmente apenas para que ele ndo pudesse nos alertar quando ela cruzasse o territéda Névoa Invernal.

Quanto ela sabia sobre mim entao? Ela deve estarobservando desde antes mesmo do ataque da Lamina Dourada. Se fosse esse o caso, ela provavelmente sabia tudo sobre mim... sobre Myra, e possivelmente até sobre Aleric e Cai também. E aquela faca de prata? Ela estava trabalhandoos bandidos também? A prépria Thea era uma vigarista? Pode explicar por que nunca encontramos nenhuma informagao sobre ela pertencer a um bando.

Mas eu nunca a teria tomado por alguém que pudesse fazer isso. Uma cadela astuta e faminta de poder? Claro. Fisicamente assassino e violento? ...Nao muito.

Na minha vida passada, ela foi conivente, manipuladora e provocou minha morte como uma cobra nos bastidores. Até onde eu sabia, ela nunca tinha feito o trabalho sujo sozinha. Na verdade, eu nem tinha percebido que ela teve um papel ativo na minha morte até que eu a vi sorrindo maliciosamente antes da minha condenacgao. Seu estilo sempre foi agir como inocente e conquistar o coragdo das pessoas. Issofez pensar qual era o plano dela agora e se ela ainda estava querendo se tornar Luna. Ela ndo percebeu que eu poderia culpar parte dela pela morte de Myra? Que eu poderia amarra-la em toda a confusdo e acusa-la de trabalharos bandidos? Parecia improvavel que alguém a deixasse entrar no bando um diauma acusagao dessas contra ela. Mas... entdo havia minha adaga de prata. Eu precisava perceber que a coisa toda agora poderia ser passada como apenas um ataque desonesto. Talvez ela tivesse encenado intencionalmente assim. Acompanhado de Apesar das aparigoes que tivemos ha pouco tempo na floresta, parecia muito provavel que ninguém acreditaria em mim se eu dissesse que era Thea sem provas. A Unica evidéncia real que eu poderia fornecer era que Myra esteveela pela Ultima vez... e que o Pl que eu contratei para encontra-la dois anos atras agora estava morto.

N&o que esta opcao fosse melhor. Revelar ao bando que eu tinha contratado alguém para encontré-la sé levaria a perguntas que eu nao poderia responder. Significaria dizer a verdade sobre meu verdadeiro passado e futuro.

Um futuro que eu aparentemente nado podia mais ver. Um futuro para o qual de repente eu estava cego. Eocorreu que desta vez eu estava completamente impotente para salvar Myra . Eu ndo tinha visto em uma visao como eu tinha dois anos atras. Entdo por que eu n&o tinha visto? O que eu fiz de errado dessa vez para que essa habilidade estipidadecepcionou no momento em que mais precisei ? ... Mas entdo um pensamentoocorreu. Talvez em vez deconcentrar em ficar fisicamente mais forte para lutar esse tempo todo, eu deveria ter passado algum tempo aprendendo sobre minha marca e como ela funcionava. Eu sempre agi como se nunca quisesse esmolas gratuitas da Deusa e estivesse tentando alcangar meu objetivo sem ela sempre que possivel para provar um ponto.

... Essa foi a maneira de Selenefazerarrepender disso? Paraprovar que ela era todo-poderosa e que eu precisava dela de alguma forma para sobreviver? “Aria?” Olhei para cima e vi que Lucy estavaobservando o tempo todo que eu estava silenciosamente perdida em meus proprios pensamentos.

“... Vocé nao é totalmente culpada aqui”, eu disse, percebendo que eu tinha deixado ela pensando que ela era a culpada por nao saber sobre o investigador. Era verdade que Thea provavelmente a seguiu até mim, mas eu sabia que a culpa também era minha. “Deviamos ter feito check-in mais regularmente para evitar isso. Por favor, assegure-se de que o salade um ano seja enviado para a familia deleminhas condoléncias. N&o vai compensar por ele ter perdido a vida, mas pelo menos talvez hes dé algum conforto até que sejam capazes de superar essa tragédia.” Lucy franziu os labios ligeiramente. “E vocé?” Eu fiz uma careta um pouco, meu rosto muito inchado e dolorido para dar qualquer expressao real. “Eu..?” “Sim... como vocé vai superar isso?” ela perguntou. Eu poderia dizer que ela estava genuinamente preocupada comigo, mas eu nao tinha uma resposta para ela.

“Eu nao estou”, eu finalmente respondi depois de uma pequena hesitagdo. “Nao mereco nenhum consolo pelo que fiz.” “Aria-.” “Chega”, eu disse, cortando-a antes que ela pudesse discordar de mim. Eu podia ouvir minha voz segurando um tom suave de autoridade sobre ela que ela nao podia contestar. “Isso é tudo, Lucy. Voudirigir para casa para que sua ajuda nao seja necessaria esta noite. Ela relutantemente abaixou a cabeca e eu trémulalevantei. Fazia horas desde que eumudei e meu corpo inteiro estava dolorido, rigido e cogando do sangue seco arranhando minha pele. Eu nao deixei que issoimpedisse enquanto caminhava para fora, agora vendo como o céu ja havia escurecido completamente na madrugada, edirigi diretamente para o meu carro.

“Aria! Onde vocé esta indo?” uma vozchamou de repente.

Era a voz de Aleric. Eu reconheci muito bem, é claro.

Eu n&o o tinha visto desde que ele saiu para entrar em contatoas equipes de patrulha e ndo esperava falarele novamente antes de sair. Ele estava ajudando a orquestrar todo o grupo de busca, entdo eu sabia que ele estava incrivelmente ocupado. “...Casa,” eu disse baixinho enquanto continuava andando. “Curtiu isso? Pelo menos fique e limpe primeiro. Vocé ainda esta... ah. ‘Vocé ainda esta coberto de sangue de Myra’, eu disse na minha cabega, terminando sua frase. “Esta bem. Vou limpar em casa.” Fuivirar, mas ele rapidamente cobriu a distancia entre nds até ficar ao meu lado. Eu nao conseguia encontrar seus olhos, porém, optando porconcentrar em qualquer outra coisa ao meu redor. “Eu nao acho que vocé deveria estar sozinha agora,” ele objetou gentilmente. “Por favor... fiqgue um pouco mais. Vocé pode se lavar e eu vou organizar algumas roupas limpas para vocé.

Ele estava preocupado comigo. Assim como Lucy tinha sido. Assim como todo mundo que estava olhando para mim nas Gltimas horas, enquanto eles andavam pela sala de estar, eu estava sentado em coma.

Mas nao, eu sabia que precisava ficar sozinha. Achei que seria melhor se eu ficasse assim de agora em diante. “Realmente, esta tudo bem, Aleric,” eu disse, desligando sua sugestao quase que instantaneamente. Ele parou por um momento, possivelmente pensando no que mais poderia dizer paraconvencer, mas finalmente suspirou em derrota.

“..0k,” ele disse, um tom quase estranho. Ele se arrastou um pouco em seu lugar como se tivesse algo mais a dizer, mas em vez disso, ele fez algo que eu néo esperava ...Elepuxou em seus bragos... eabragou.

Em um abraco real.

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De Alerico.

“Lamento que isso tenha acontecido,” ele disse suavemente, falando perto do meu ouvido. “Ela ndo merecia isso. E vocé também nao.

Meu corpo inteiro ficou tenso instantaneamenteseu contato, tornando-se completamente imével e rigido. Foi a primeira vez que estive tao perto dele que pude sentir seu cheiro familiar. E, no entanto, mesmo depois de todo esse tempo, eu ainda achava estranho ser capaz de sentir seu cheiro fresco de floresta sem o vinculo do companheiro. Por seis anos esse perftinha sido o paraiso para mim. E entéo, apds sua rejeicao forgada, tornou-se meu inferno.

Mas o abrago era a Ultima coisa que eu esperava que ele fizesse; a Ultima coisa que eu jamais pensei que ele fosse capaz de fazer. E dado que eu tinha acabado de sofrer o mais cruel dos lembretes sobre Thea e meu passado neste dia, isso s6fez sentir mais desconfortavel.

Este era 0 homem que tinha amado aquela mulher nojenta. Quem a escolheu. Quem havia lhe dado sua marca.

... E ela tinha matado minha melhor amiga. Ela havia matado alguém que nao representava nenhuma ameaca para ela.

Ela havia matado Myra apenas porque ela era alguémquem euimportava. Ao longo desses Ultimos anos, euadaptei e aprendi a ser capaz de dissociar os dois Alerics; aquele que tinha abusado eatormentado, e aquele que era mais jovem e aparentemente diferente, até mais gentil. Aquele que eu senti que poderia ajudar a mudar. Mas esta noite, foi dificil para mim fazer isso a luz de tudo o que aconteceu. Porque esta noite eu ndo era mais o ‘eu’o qualacostumei. Eu nado era a corajosa, forte, disposta a superar qualquer problema ‘Aria’. Nao, dado o estado em que eu estava,senti mais perto de ser a velha Aria.

E agora eu sentia medo. Sozinho. Preocupado.

Tive medo de que a qualquer momento eu pudesse perder alguémquemimportava.

E Aleric era apenas um lembrete daquelas emogdesas quais eu estava muito familiarizada. Ele finalmentesoltou depois de alguns segundos, mas eu aindasentia completamente congelada no lugar, lutando para compreender tudo o que estava acontecendo dentro da minha cabeca. “Desculpe...”, ele disse baixinho depois que eu hao disse nada.

Uma parte de mim poderia ter se sentido culpada em um dia normal. Talvez eu tivesse sido forte o suficiente para finalmente abraga-lo de volta. Mas eu nao podia sentir nada por ele naquele momento. Fisicamente nao havia mais espago dentro de mim para poder sentir qualquer outra coisa. “... Obrigado por toda a sua ajuda, Aleric,” eu finalmente disse sem rodeios. Eu podia sentir seus olhos olhando para mim, mas eu aindarecusei a olhar para ele. Em vez disso, escolhi olhar para as chaves na minha mao antes de caminhar o restante do caminho até o meu carro.

E enquanto eu estava sentado no banco do motorista, olhando para frente, tudo que eu conseguia focar era no volante a minha frente. O volante onde marcas de maos sangrentas o envolveram,lembrando mais uma vez que tudo isso era real. Isso hoje realmente aconteceu; que, ao contrade um carro, nao havia como voltar atras Nao para Myra de qualquer maneira; a garota que se considerava completamente mediana. ... A garota que morreu sem que eu pudesse dizer a ela o quo importante ela era.