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O Magnata pai de trigêmeos by Pink Dolphin

Capítulo 14
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Pouco à vontade com os rumos da conversa com o primo, no restaurante, Anne baixou os olhos e

sorriu, sentindo-se desconfortável.

― Mesmo? ―

Percebendo, Tommy decidiu dar uma guinada no assunto:

― Ouvi dizer que… Anthony também foi à festa de aniversário do tio. Espero que ele não tenha feito

nada contra você. ―

― Não houve nada… Eu saí pouco depois que ele chegou ― Anne não queria falar sobre Anthony.

Mesmo mencionar seu nome, acelerava seu coração e tornava difícil respirar.

― Se ele estiver incomodando você, me diz que eu vou te ajudar ― disse Tommy.

Anne ficou tocada. Quando eram mais novos, sempre que ela era importunada, Tommy a ajudava. Por

um acaso do destino, agora que Anthony a atormentava novamente, ela tinha esbarrado em Tommy

que, mesmo sem saber das desventuras da jovem, a ajudou a conseguir um emprego na clínica

estética. Mas, talvez, por se sentir desamparada, Anne buscasse, inconscientemente, no primo, um

protetor.

― Por que Anthony voltou para Luton? ― Anne fingiu que não sabia de nada.

― Não tenho certeza. Ninguém da família sabe de nada ― Tommy franziu ligeiramente a testa.

O coração de Anne afundou:

― Você esteve em contato direto com ele? ―

― Desde que ele cortou os laços com a família? Não. Não tenho como entrar em contato com ele ―

mas, Tommy pensou em algo e complementou ― se você o vir, tente ficar longe. ―

― Eu sei… ― Anne respondeu.

No passado, Tommy visitava Anthony na Mansão Marwood, de tempos em tempos. Eles eram muito

próximos. Até que, um dia, Anthony foi tão cruel que cortou todos os laços. Entretanto, tinha se

tornado rico e, qualquer um com essas duas características juntas, crueldade e riqueza, se tornava

extremamente poderoso. Demônios normais tinham um poder limitado, mas demônios ameaçadores e

ricos, eram assustadores.

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Anne e Tommy ainda desfrutavam alegremente do jantar quando um Rolls Royce preto passou

lentamente pela frente do restaurante.

Os olhos penetrantes de Anthony olharam pela janela escura e se fixaram no casal animado. Mas,

enquanto Anne comia, teve os familiares calafrios por toda parte e a jovem virou, automaticamente, o

rosto para a rua.

Entretanto, carros passavam, como de costume, e nada parecia suspeito. “Mas, então, de onde veio

esse calafrio?” Anne pensou.

― Aconteceu alguma coisa? ― perguntou Tommy, percebendo a mudança de postura da jovem.

― Só um calafrio, não foi nada. ―

Alguns minutos depois, terminaram de cear e Tommy tomou um café preto e amargo, enquanto

terminavam de colocar o assunto em dia. Era chegado o momento de se despedir.

― Vou levar você para casa ― disse Tommy.

― Está tudo bem. Eu posso me virar. ―

― Você está morando sozinha? ― Perguntou Tommy.

― Sim, eu aluguei um lugar. ―

O primo pensou, consigo mesmo: “Ela deve ser solteira.”

― Até mais, foi muito bom te reencontrar ― Anne disse, se despedindo.

Tommy observou a pequena figura de Anne se afastar, com olhos gentis. Ela não havia mudado nem

um pouco. Mesmo sua aparência frágil permanecia a mesma.

Enquanto pensava no que fazer, Anne passou por um ponto de ônibus e viu que uma linha passava

nas imediações da Curva. Como estava perto do horário do transporte passar, achou que seria mais

conveniente do que pegar um taxi. Depois de uma viagem de 40 minutos e uma caminhada de meia

hora, a jovem finalmente retornou para a Mansão Real. Mesmo sabendo que, se pudesse escolher,

nunca mais colocaria os pés naquele lugar.

Quando se aproximou da fachada da mansão, viu o Rolls Royce estacionado do lado de fora da porta

e seu corpo estremeceu. Anthony estava ali.

As árvores balançavam na escuridão, como demônios dançantes e Anne engoliu em seco, criando

coragem para entrar na mansão.

Anthony, estava na sala, com sua habitual postura arrogante e, sem se mexer para olhar para a jovem,

perguntou:

― Onde você foi? ―

― Nenhum lugar especial. Mas, encontrei um emprego. Estou trabalhando em uma clínica de estética

― disse Anne, sabendo que não adiantava esconder nada dele, pois ele descobriria qualquer coisa,

sem esforço.

Anthony a observou, com frieza, dizendo:

― Venha até onde estou, para falar comigo. ―

Anne tentava se manter afastada, pois tinha medo de Anthony. Mas, sem opção caminhou para mais

perto. Ela parou a poucos passos de distância, antes de concluir:

― Estou falando a verdade. Se não acredita em mim, pode conferir… ―

― Não aconteceu mais nada? ― Os olhos de Anthony estavam sombrios.

Anne se encolheu, sem saber o que dizer.

― Você quer que eu descubra? ― Anthony perguntou, melancolicamente.

Ao que, Anne disse, rapidamente:

― Não. Não sei se deveria dizer isso… Quando eu estava na clínica estética, esbarrei em Tommy,

com outra mulher, provavelmente… a namorada dele? Não tenho muita certeza. Ele me ajudou e,

depois disso, jantei com Tommy. Voltei de ônibus, logo depois do jantar. ―

― Você está com tanta pressa para seduzir um homem? Quer que eu a apresente a algum? ―

― Não, você está enganado. Apenas ceamos e conversamos. Nada demais! ― Anne se defendeu.

― Lembro que ele gostava de você. Você não pediu para ele te ajudasse a fugir? ― Anthony zombou.

Anne olhou para baixo:

― Eu sei o meu lugar. ―

― Fique longe dos homens da família Marwood! ― Anthony rosnou.

― Eu sei… ― Anne obedeceu e reprimindo o medo dentro dela, arriscou pedir ― posso alugar um

lugar mais perto da clínica, por favor? Eu saio de lá tarde e ainda tenho que caminhar um bocado do

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ponto de ônibus até aqui. ―

A espaçosa sala de estar caiu em um silêncio mortal e uma onda de autoritarismo engolfou o espaço.

Anne sentiu dificuldade para respirar. Ela temia que ele pudesse discordar e acrescentou:

― Se você controla tudo em Luton, não importa onde eu moro, desde que eu fique na cidade. ―

Ela viu os pés de Anthony firmarem no chão, enquanto o homem se levantava e um medo intenso

golpeou seu coração.

Anne tremeu e endureceu. Ela estava apavorada, mas não conseguia mover as pernas. Era como se

ela estivesse restrita por algo invisível.

O homem enorme se aproximou, criando uma sombra que engolfou a jovem. Ela esperava que

Anthony fosse golpeá-la, mas ele pousou sua mão enorme no delicado ombro de Anne, olhou para

baixo e respondeu, com sua voz fria e grave:

― Tudo bem. ―

Ela estava chocada. Os olhos de Anthony eram tão sombrios que ela podia ver seu próprio medo

refletido neles. Depois de uma pausa, ele exigiu.

― Mas, só se você concordar em estar onde eu quiser que você esteja ―

― Eu concordo… ― Anne disse. Tentou recuar e se afastar do olhar penetrante ― eu vou voltar para

o meu quarto, está bem? ―

Sem responder, o homem se afastou, abrindo caminho e, prestando atenção em seus passos, Anne

se afastou, subindo a escadaria. Um predador nunca se preocupava com a possibilidade de a presa

fugir de seu controle.

Coçando o próprio rosto, o homem pensou “Ela já conseguiu fugir uma vez. Agora, ela não será

capaz!”

Quando Anne voltou para o quarto, sentou-se na beirada da cama, mas não se sentia muito aliviada.

Ela nunca estaria à vontade, enquanto fosse cativa daquele demônio. Ela teria que ser cautelosa e

fazer as coisas lentamente, passo a passo, evitando cair em qualquer armadilha.

No dia seguinte, Anne trabalhava e procurava um lugar para ficar. Quando encontrou um lugar

adequado, aproveitou a hora do almoço para ir visitar.

Era um apartamento mobiliado e de um quarto. Pequeno, mas o suficiente para uma jovem morar

sozinha. Era um pouco caro, mas como ela estava com pressa para sair da Mansão Real, não tinha

muito tempo para buscar opções.