Olhei para Robson, aténito. Esse homem era um enigma... Sera que ele conhecia meus segredos mais intimos?
Sem dizer uma palavra, desviei o olhar rapidamente, evitando encontrar seus olhos.
Elelembrava aqueles bruxos das histérias europeias do século XIX, cujo simples olhar era capaz de provocar
um arrede medo.
Seus olhos eram t&o hipnotizantes que pareciam capazes de afogar alguém em suas profundezas.
Atras do volante, o motorista seguiu Adonis secretamente, observando enquanto ele se dirigia para os arredores.
Sera que ele estava indo para o cemitéMoon Shine Mountain Hill?
Fiquei surpreso ao ver o cemitério, observando enquanto Adonis estacionava e entrava no local sagrado.
Depois de abandonar Morgana, ele realmente foi para o cemitério, que irénico....
“Eu estou... Enterrado aqui?”, perguntei baixinho.
Robson segurou minha maoforga: “Depois que acharam o corpo, todo mundo disse que Adénis tinha
enlouquecido. Ele brigoua policia por causa do corpo e ficou sob custddia por vinte e quatro horas. Quando
a autdpsia foi concluida, foi a mae de Adonis que levou o corpo para ser cremado e enterrado. Para puni-lo, ela
nao lhe disse onde suas cinzas seriam enterradas. Dizem que ele passou a noite inteira de joelhos no quintal,
implorando para que ela finalmente revelasse.
Robson disse que, apés minha morte, Adonis perdeu a cabeca.
Ninguém nunca haviacontado o que aconteceu depois da minha morte.
Sera que Adonis enlouqueceu?
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Se isso for verdade, ele realmente deve ter perdido a cabega.
Robson e eu ficamos escondidos no carro, observando enquanto Adonis se aproximava de um timulo, sua figura
solitéria e triste.
Ele ficou ali parado, como se estivesse prestes a desmaiar.
Colocou um buqué de rosas em frente a lapide.
E eu senti repulsa.
Nao sujem meu tdmulo.
“Ele deve ter enlouquecido, poluindo o caminho de minha reencarnagao...”, murmurei, sentindo vontade de
amaldigoar Adonis.
Sera que foi por causa dele que nao consegui reencarnar e acabei renascendo?
“Por que vocé n&o vai embora?”, disse eu, impaciente.
Nao havia motivo para ficar em frente ao meu timulo.
Adonis permaneceu ali, enquanto Robson ficou em siléncio.
Franzi a testa, Adonis realmente parecia ter perdido a cabega.
Ele recebeu um telefonema que claramente o irritou e saiu apressado.
Robson era do tipo que néo falava muito, partia logo para agao; quando podia agir, nao perdia tempo com
conversa fiada.
Depois de um grande esforgo para conter a multiddo, vi Morgana sendo levada em seu vestido manchado de
sangue.
Adonis franziu a testa, claramente impaciente, virou-se para pegar Morgana e saiuuma expressao sombria.
Observei, muito interessado, a mudanga sutil no relacionamento entre Adonis e Morgana.
Adonis estava cansado? Que imbecil.
Conhecendo Adonis como eu conhecia, ndo demoraria muito para Morgana sentir a experiéncia infernal pela
qual elefaria passar se ela insistisse em ficarele.
“Robson, vamos embora.” - Peguei sua mao e nos afastamos juntos.
Quando chegamos a rua do lado de fora do hotel, vi Adonis entregando Morgana a um amigo e néo a
acompanhando ao hospital.
Euagarrei ao brago de Robson, rindo ironicamente: “Robson... Veja bem, as pessoas mudam, e isso é
enjoativo.”
“N&o €é nada disso...”, objetou Robson.
Fiz uma expressao de surpresa e olhei para ele.
“Eu nao mudo.” - Ele desviou o olhar,as orelhas pélidas levemente coradas.
Fiquei aténito e minha ironia aumentou.
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O que exatamente havia nele que ndo mudava? Sera que ele sé pensava em mim como uma substituta?
“Se vocé nao muda, por que é tao gentil comigo? N6és mal nos conhecemos, nao é?”
Robson e Lana também n&o se conheciam ha muito tempo.
“Porque vocé é a Luna”, disse Robson de repente,sinceridade.
Ouvi-lo dizer meu ntao diretamentefez ficar tensa por dentro.
Ent&o percebi que ele ainda estava obcecado emusar como substituta da Lana.
“Luna...” - murmurei baixinho; Robson semprechamava de Luna, nunca de Lana.
Nem mesmo Mafalda poderiareconhecer, e ninguém acreditaria em mim se eu confessasse.
“Como... como vocéreconheceu?” - Perguntei baixinho.
Ent&o era apenas uma ilusé@o de um louco, ndo uma descoberta real de que eu era Luna.
Eu nao queria provocé-lo ainda mais; se ele queriaver como outra pessoa, que assim fosse. Eu sé queria a
verdade.
Ele falou como se tivesseperdoado por algo, dizendo que ficaria comigo.
Sera que eu naolembrava dele? Eu o havia esquecido... Que papel ele desempenhou em minha vida? Por
que ndolembro de nada?
Apoiando o queixo em minha mao, olhei pela janela, fixando meu olhar em Adonis.