Capítulo 553
A voz masculina soou suavemente atrás de Carla, “Depois que você partiu, o Diretor Antônio não teve
nenhum problema. Na verdade, quando você estava aqui, o Diretor Antônio passou por muitas coisas
que seu corpo não pôde aguentar.”
“Então você está me culpando?” Carla se virou bruscamente para encarar “Bruno”, seus olhos
brilhando intensamente. “Não pensem que podern jogar toda a culpa em cima de mim.”
Se ela cometeu algum erro, era que ela não deveria ter procurado a verdade com Marco Antônio. Se
ela tivesse fingido que não sabia de nada, nada teria acontecido.
“Bruno” não deu a mínima para ela e continuou falando, “O Diretor Antônio ficou dois dias na UTI e só
se estabilizou esta noite. Ele acabou de acordar e você apareceu. Você não percebeu que ele não
estava bem porque o Diretor Antônio sabia que você viria e, para não te preocupar, ele fingiu que
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importante é que você disse coisas que o magoaram…”
Cada palavra que “Bruno” dizia parecia culpar Carla, como se tudo que Marco Antônio sofreu fosse
culpa dela.
Assim como quando seu pai morreu em um acidente de carro muitos anos atrás, muitas pessoas
culpavam ela, dizendo que ela trouxe infelicidade para seus pais, que sua existência levou à morte de
seus pais e à infelicidade de sua mãe.
Essas vozes diziam que se ela não estivesse lá, sua mãe não teria deixado Norte de Bella, seu pai
não teria sofrido o acidente de carro…
Naquela época, ela era muito jovem, jovem demais para compreender o certo e o errado, ela acreditou
nas mentiras daquelas pessoas, mesmo agora quando pensa nisso, ela ainda se culpa.
Só sua avó repetidamente dizia à ela que a vida de cada pessoa é uma escolha própria. Sua mãe
partiu por escolha própria, o acidente de carro de seu pai era o destino, não tinha nada a ver com
ela…
Foi a voz suave de sua avó que trouxe Carla de volta ao senso, mergulhada em culpa.
Sim, não tinha nada a ver com ela!
Com que direito eles culpam a doença de Marco Antônio como se fosse sua culpa?
Carla apertou suas mãos tremulas, tentando se manter calma, “Ah… eu magoei o coração dele? Por
que você não diz que foi a sua mãe que magoou o coração dele?”
“Bruno” claramente não esperava que Carla dissesse isso, ficou em silêncio por um momento e então
disse, “A amor da minha mãe pelo Diretor Antônio é maior do que por nós, ela nunca faria algo para
maguá-lo.”
“Então, a única pessoa que poderia machucar o Diretor Antônio seria eu?” Carla riu ao dizer isso.
Essas pessoas são realmente estranhas, sempre que alguém tem um problema, eles precisam cupal
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Desta vez, de jeito nenhum, ela não aceitaria essa responsabilidade, não permitiria que se sentisse
culpada.
Carla se lembrou disso, mas por dentro, ela não conseguia se controlar, ainda se preocupava, ainda
se sentia culpada, especialmente ao ver o rosto pálido de Marco Antônio na UTI…
“Você sabe quem você é?” A voz do homem soou novamente atrás de Carla, cheia de desprezo e
escárnio.
Essa voz, Carla sentiu que algo estava errado, Bruno não falava assim, não havia esse sentimento de
depreciação e zombaria.
Carla se virou novamente para olhar para o homem, desta vez notou a diferença entre ele e Bruno,
este homem não tinha cicatrizes no rosto, “Você não é Bruno?”
Bruco deu uma risada fria, “Eu disse que era Bruno?”
Carla perguntou, “Então quem é você?”