Capítulo 317
Yumi limpou o sangue do canto da boca: “Obrigada, mano, pela lição. Vou me esforçar ainda mais
para conquistar o Marco Antônio.”
André a encarou com desprezo: “Você é igual a sua mãe, aquela amante. Não importa o quanto vocês
tentem se mostrar sofisticadas, não conseguem esconder a humildade de vocês.”
Yumi não só tinha que aguentar as agressões físicas e verbais de André, como também tinha que
concordar com ele para evitar uma nova surra: “Você está certo, mano. Eu e minha mãe não somos
boas
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Depois de desabafar, André saiu satisfeito, deixando Yumi machucada.
Mesmo depois de ele sair, Yumi não podia procurar um médico, tinha que deixar seus ferimentos
cicatrizarem sozinhos.
Justo nesse momento, o celular no chão começou a tocar. Ela pegou o telefone, era sua mãe ligando.
Yumi não conseguiu conter as lágrimas: “Mãe.”
A mãe de Yumi, Paula Souza, era a segunda esposa do pai de André, José Luís. Ela tinha
conquistado José com sua beleza e se casado com a família de Luís.
Paula perguntou: “Yumi, André te bateu de novo?”
Yumi chorava de dor: “Mãe, eu não quero mais viver com esse monstro. Você pode vir me buscar?
Assim, eu, você e papai podemos morar juntos.”
“Yumi, não chore, escute a mãe.” Paula falou com voz calma, “Você já aguentou por tanto tempo,
aguente um pouco mais. Quando você se casar com Marco Antônio, ele vai te proteger e você poderá
se vingar de André.”
O simples pensamento em André fazia Yumi tremer: “Mas eu tenho medo de não aguentar até lá e
acabar morta por suas agressões. Mãe, fale com o papai, se ele intervir, André vai ouvir.”
“Yumi, você já é uma adulta, não pode mais agir como uma criança.” Paula falava com voz suave, mas
para Yumi cada palavra era como veneno, “Eu aguentei muito mais insultos e críticas na família de
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“Mãe.” Yumi sabia, ela sempre soube que ninguém se importava com seus sentimentos, que ela não
deveria ter esperanças nesta família. Mesmo em sua desesperança, ela desejava que alguém
pudesse ajudá–la, tirá–la deste ambiente doloroso.
Mas sua mãe não só não a ajudava a sair, como também a empurrava para ainda mais dor, fazendo–a
viver em sofrimento, morrer em agonia.
A atenção de sua família para com ela era menor que a de Estrela. Mesmo Estrela, que era desatenta,
percebeu que algo estava errado e ligou para perguntar.
Yumi desligou o telefone e continuou deitada no chão frio, com lágrimas escorrendo pelo canto dos
olhos. Estrela não estava por perto, Carla queria ir às compras, mas tinha medo de ter dificuldade de
comunicação com o vendedor. No entanto, quando ela entrou no supermercado, descobriu que os
funcionários falavam inglês.