Eu estava nervosa, observando pela janela do carro, fixando o olhar na direcdo da minha casa.
Os prédios antigos tinham uma vantagem: cada andar tinha corredores abertos, era facil ver se alguém entrava
ou safa.
Pedi para o Robson ficar no carro e desci paraesconder no canto, observando a entrada por um bom tempo
até que finalmente vi a figura, vestidauma capa de chuva, saindo do meu prée descendo as escadas.
Eu o segui discretamente.
“Benito... Eu vi 0 assassino. Ele esta prestes a matar novamente”, enviei uma mensagem de voz para Benito,
pedindo que ele viesse comigo.
Se conseguissemos pegar o homem em flagrante, teriamos as provas de que precisavamos.
Naquele momento, Benito e Mafalda teriam de acreditar em mim.
A chuva estava caindo cada vez mais forte e o céu estava ficando escuro.
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Continuei a seguir o homem, sem saber por quanto tempo.
Ele estava atento e muitas vezes olhava para tras, mas eu sempre conseguiaesconder a tempo.
Finalmente, ele parou em frente a um prédio, comparando uma fotoalgo ao seu redor.
Eu sabia que ele tinha um novo alvo.
E dentro daquele préestava sua préxima vitima.
Como esperado, um carro de luxo parou € uma mulher vestida de vermelho saiu,um guarda-chuva na mao,
e entrou no prédio.
O corredor estava silencioso, exceto pelo som dos saltos altos da mulher.
Nervosa, gravei a cenameu celular.
A mulher entrou na casa, mas a porta ndo estava completamente fechada.
0 assassino de paletd aproveitou a oportunidade para bloquear a portaa mao e entrou sorrateiramente
atras dela.
Enviei a gravacao para Benito, esperando que fosse suficiente como prova.
Temi que o assassino agisse antes da chegada da policia e corri para a porta, batendo nela: “Sou da prefeitura, é
hora de pagar o imposto municipal deste més.”
N&o houve resposta.
Sera que o assassino ja havia agido?
“Abra a porta, sou da prefeitura.”
Quando gritei pela terceira vez, Benito e sua equipe chegaram, arrombaram a porta e imobilizaram o homem de
gabardine no chao.
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A mulher gritou: “Quem s&o vocés, estao loucos?”.
Benito franziu a testa e os outros policiais também pareciam confusos.
N&o era ele! Nao era o assassino.
0 verdadeiro assassino havia enviado alguém do meu apartamento de propdsito.
Sera que ele sabia que eu chamaria a policia?
O homem também olhouraiva para Benito: “Vocé esta louco, invadindo uma casa assim?”
Fiquei paralisada na porta, sem saber comoexplicar: “E... nao é isso.”
O homem franziu a testa: “Que apartamento é esse seu? Nao sei do que estd falando.”
Fiquei paralisada,as méaos juntas.
“Benito...” - Tentei dizer alguma coisa, mas o que eu poderia dizer?