Capítulo 1669
Kira Heltor, ao perceber que Flávio não responde, disse: “Se for inconveniente para você, esqueça”
Flávio entrou no carro sem responder.
Kira ficou parada, sem coragem de se mexer.
Ela nem ousou pedir para que ele a deixasse na escola. Só queria uma carona até fora do condominio de luxo,
para pegar um transporte público com mais facilidade
Na capital, táxis eram um absurdo, ela sempre andava de onibus ou metro, e quando dava, la a pé, para
economizar até o último
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Quem diria que ele nem para sair do condominio queria lhe dar carona.
Mas não tinha problema, ela correria um pouco, talvez faltasse a uma aula, mas não seria um grande atraso.
Flávio a interrompeu “Ainda está parada ai fazendo o qué?”
Ela entendeu que era para entrar no carro.
Com o coração alegre, Kira abriu a porta e sentou-se no banco do passageiro.
O carro de Flávio era um esportivo, só tinha dois lugares, então só restava o banco ao lado do motorista.
Flávio ligou o carro e saiu devagar da garagem.
Kira olhou no celular e viu que tinha uma estação de metró a mais ou menos um quilómetro à direita, saindo do
condomínio.
A pé, levaria uns dez minutos, mas de carro, em um piscar de olhos estariam lá. “Flávio, pode me deixar aqui, bem
na esquina.”
Ele não deu bola e acelerou, deixando a entrada do metró para trás.
Kira agradeceu, “Obrigada!”
Flávio respondeu, “Obrigado pelo qué?”
Ela explicou, “Por me dar carona até a escola. Se não tivesse que pegar o metrô e perder quase uma hora.”
Flávio disse, “É algo que eu faria no caminho, não é como se eu estivesse fazendo isso só para você.”
Kira continuou, “E também por me defender!”
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Ele arqueou uma sobrancelha, “Elogiei sua inteligência há pouco e agora vejo que me enganei.”
Ela respondeu, “Sei que você fez aquilo para manter sua imagem, mas de qualquer forma, acabou me protegendo.
Preciso agradecer!”
Flávio olhou de lado para ela e a chamou de “tonta”.
Ele não conseguia entender como uma mulher podia ser tão tola. Bata nela e depois de um doce, e ela ainda
consegue sorrir. Flávio não sabia que, para Kira, que tinha sido maltratada a vida toda e nunca tinha sentido um
carinho, aquele pequeno gesto era como um sol quente no inverno, capaz de aquecer toda a estação fria.
Ele não falou mais nada, e ela olhou para ele de relance.
Ele era muito bonito, até de perfil não tinha defeitos, “Você é muito bonito, não é à toa que tantas meninas da
escola gostam de você.”