Capítulo 1552
Na realidade, Carla conhecia muito bem as preocupações de Lucas Bento, pois ele tinha sido abandonado pelos
pais quando era criança.
Os fantasmas da infância ainda moravam em seu coração, e parecia que levaria uma vida inteira para se livrar
dessa sombra – essa era a verdade nua e crua.
Mesmo que Lucas Bento tivesse se tornado forte agora, as sombras da infância continuavam a assombrá–lo, a
enroscar–se nele, a perturbá–lo incessantemente.
Carla se aconchegou em seus braços, esfregando–se suavemente contra ele: “Amor, você tem ideia de como eu
sobrevivi àqueles meses que passamos separados?”
Lucas Bento: “Desculpa…”
Carla levantou a mão e delicadamente tocou nos lábios dele: “Sem desculpas!”
Lucas Bento: “Mas…”
Follow on NovᴇlEnglish.nᴇtCarla interrompeu: “Escuta aqui. É verdade, eu posso ganhar meu próprio dinheiro. E se eu não tivesse te
encontrado, eu poderia viver bem sozinha.
Mas eu te encontrei, e você já está gravado no meu coração. Sem você, seria como arrancar um pedaço dele.
Você entendeu o que eu quis dizer?”
Lucas Bento: “Carla…”
Carla: “Eu não posso viver sem você. Nem o nosso filho pode crescer sem um pai. Somos uma família de três e
ninguém pode faltar, entendeu?”
Lucas Bento sorriu ternamente: “Muitas vezes tenho medo de estar sonhando, com receio de acordar e me
encontrar trancado naquela pequena e escura cela, com medo de perder você e nosso filho.”
Carla segurou firmemente a mão dele e levou–a ao seu rosto: “Sente só, eu sou real, estou bem aqui na sua
frente.”
Lucas Bento: “Estou sentindo.”
Carla: “Eu te amo! Muito mesmo.”
O amor que ele nunca havia recebido antes, ela agora lhe daria em dobro.
Ela queria que ele soubesse o quanto ela o amava.
Bate, bate, bate…
Marta bateu à porta: “Marco, Carlita, aquela mulher ligou de novo. Ela disse que se vocês não fossem vê–la…
As palavras de Sira Martínez eram especialmente venenosas, e Marta ficou tão irritada
que nem queria contar para Carla e Lucas Bento.
Carla olhou para Lucas Bento: “Você quer vê–la?”
Lucas Bento: “E você?”
Carla sorriu e disse: “Minha relação com ela existe apenas por sua causa. É você quem decide se vamos ver ela ou
não, Amor, eu sei que você não quer ver ela, mas se não o fizer, ela vai continuar a te atormentar. É melhor ir e
esclarecer as coisas de uma vez por
todas.”
Lucas Bento também estava pensando nisso: “Marta, peça ao Mário que marque um encontro.”
Follow on Novᴇl-Onlinᴇ.cᴏmMarta: “Certo.”
Carla: “Marta, o bebê já acordou?”
Quando mencionou o bebê, o rosto de Marta iluminou–se: “Sim, ele acordou. A vó está brincando com ele. Ele é
tão fofo e inteligente, já chama por vó e bisavó.”
Marta era a mais velha, então o menino naturalmente a chamava de vó.
Já a verdadeira avó do menino nem merecia esse título.
Naquela manhã, Sira tinha ligado cedo, ameaçando Marco a ir vê–la, ou então ela tinha amaldiçoado o menino
com palavras cruéis.
Marta estava furiosa com isso.
Ela não queria contar essa ameaça para o casal e para a avó.
Se soubessem, ficariam mais irritados do que já estavam.
Carla: “Tudo bem, vou me levantar agora, me arrumar e depois vou tomar café com ele.”
Marta: “Nós já demos o café para ele. Cuidamos do pequeno, vocês podem ir trabalhar quando precisarem.”
Lucas Bento: “Hoje eu tenho que ir para a empresa, vou levar ele comigo.”
Marta estava relutante em deixar o menino ir: “Marco, que tal deixar ele aqui comigo e a vó? Ele é um bom
menino e não chora muito.”