Capitulo 49
No escuro, eu ainda conseguia ouvir vozes em um estado de transe.
Ouvi os gritos de Mafalda, os apelos ansiosos de Benito e do médico.
“Luna, Luna, aguente firme...”
“Luna!”
“Luna!”
“Ela lutou por tanto tempo, nds a encontramos tarde demais... Se tivéssemos chegado apenas um dia antes,
apenas um dia... ela poderia ter sobrevivido. “O médico,os olhos lacrimejando e a voz rouca, disse: “Ela
estava gravida...”
Como espectador, parecia impossivel imaginar tudo o que eu havia passado naqueles dias.
“Como ela deve ter ficado desesperada.” Marcos também desviou o olhar: “Se ao menos a tivéssemos
encontrado antes... Uma vida perdida, duas na verdade! Aquele monstro!”
“Ela foi torturada, os ossos de seus dedos foram esmagados, apenas para que parecesse mais delicada, drogas
foram injetadas em seu sangue, sua pele ficou mais pélida do que a de uma boneca, aquele louco... a exibiu
como uma obra de arte em uma vitrine.” A policial também chorou, desviando o olhar,
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sem coragem de ver.
Adonis se sentou no chao, respirando pesadamente, parecendo enlouquecido,os olhos injetados de sangue:
“Ela nao vai morrer... ela ndo vai morrer, ela estdenganando, ela estdenganando! Ela nao vai morrer!
Ela ndo queria se casar comigo... Eu vou, volte, ndo morra!”
“Se vocé e Morgana nao tivessem atrapalhado a investigagao policial, Luna nao teria morrido, nao teria
morrido!” Mafalda gritou, batendo em Adonis como se quisesse mata-lo.
A policial tentou intervir, mas foi contida por Benito.
Benito também culpava Adonis.
Afinal, havia uma chance de Luna sobreviver.
“Se ao menos um dia antes...“Mafalda chorou sem forgas, ajoelhada no chao.
Se tivessem chegado apenas um dia antes...
“Vocé e Morgana a mataram, por que vocé nao morre, Adonis, por que vocé nao morre?”
“Ela ndo esta morta... ela ndo vai morrer!” De repente, Adonis ficou louco, como se n&o pudesse acreditar que a
pessoa na vitrine de vidro fosse eu, correndo desesperadamente para fora.
Que irbnico, ele sempre quis que eu morresse. E agora que estou morto, por que ele esta ficando louco?
“Oficial Benito! Encontramos uma pista... Os pais de Luna eram os benfeitores que financiaram o orfanato
naquele ano, eles morreram em um acidente de carro a caminho do orfanato para uma festa de comemoracéao!
E no mesmo dia... houve um incénno orfanato, que matou muitas pessoas”. Um policial correu para o porao
“Orfanato...”
De repente, uma dor de cabega terrivel, e imagens do acidente de carro inundaram minha mente, aquela
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Capitulo 49
figura que desesperadamente tentousalvar no local do acidente, por que... lentamente, ficou mais claro que
nao era Adonis.
“Robson...“Por que de repentelembrei daquele assassino? Quemsalvou, nao foi Adonis?
Naquele acidente, eu realmente havia perdido muitas memorias?
“Isso nao é coincidéncia, a morte dos pais de Luna e a causa de sua morte, talvez nao tenham sido acidentais!”
Benito, fora de controle, comecou a bater na parede: “Esse monstro, eu definitivamente o capturarei... ndo
deixarei a morte de Luna ser em vao!”
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Minha consciéncia ia se turvando cada vez mais, e aos poucos, parei de ouvir 0s sons...
Ent&o, a morte dos meus pais néo foi um acidente! Foi algo causado por alguém! E definitivamente esta
relacionada ao assassino queceifou a vida!
No momento da morte, uma onda avassaladora de 6e o desejo de descobrir a verdade quase me
dilaceraram.
A Mortedeu tempo, mas ndoconcedeu a oportunidade dearrepender.
Minha vida estava apenas comegando!
Nao aceito isso, por que devo sofrer tanto, por que devo perder meus pais aos dezoito anos, viver dependendo
dos outros!
Viver uma vida submissa, e ainda assim nao escapar do destino de ser assassinada por um criminoso,
abandonada pelo amigo de infancia, e enredada por uma mulher malvada!
N&o aceito! Se tivesse outra chance,certeza nao viveria de forma submissa.
“Pai, mae.“Ap6s a escuridéo, vum branco cegante, nao sabia quanto tempo havia desmaiado, desorientada
do tempo, sem saber de nada: “Nao aceito, quero viver, quero vinganga, quero descobrir a verdade!”
Capitulo 50
*Luna, ja é hora de acordar, sua preguigosa,”