Capítulo 353
Ela abaixou o tom da voz, e o sopro que escapou de seus lábios fez cócegas no ouvido dele,
provocando–o e seduzindo–o.
Carlos, não muito acostumado com isso, encolheu o pescoço, mas ainda assim se manteve atento até
o fim.
Depois de finalizarem o plano, Jimena olhou confiante para ele e perguntou: “E então, o que acha?”
De repente, Carlos curvou o dedo indicador e deu–lhe uma leve batidinha na testa.
Pega de surpresa e lisonjeada, Jimena levou a instintivamente mão à testa, com uma expressão de
incredulidade e coração acelerado, olhou para ele e disse: “O que você está fazendo?”
Aquele gesto dele era muito sedutor e carinhoso. Não era esse um gesto típico entre casais?
O coração de Jimena, que estava abalado, subitamente se encheu de tumulto.
Carlos, alheio à confusão interna dela, falou seriamente: “Que ideia maluca é essa? Deixa comigo!”
Dito isso, ele se afastou pelo corredor, e Jimena, alarmada, espiou ansiosamente para ver o que ele
faria.
Follow on NovᴇlEnglish.nᴇtViu–o indo em direção aos dois seguranças na porta e, ao se aproximar, tirou um maço de cigarro do
bolso, pegou um e colocou no canto da boca.
Procurou no bolso o isqueiro, mas não encontrou. Já tinha passado pelos seguranças quando voltou e
pediu a um deles: “Cara, me empresta fogo?”
O segurança tirou um isqueiro do bolso e o entregou.
Carlos acendeu o cigarro e, ao invés de devolver o isqueiro, tirou outro cigarro e ofereceu ao
segurança: “Valeu, irmão. Fuma um também.”
O segurança não aceitou, permaneceu imóvel, com cara de quem não queria papo.
Carlos sorriu, sem se embaraçar, e disse: “Hoje eu consegui escapar daquele churrasco da firma da
patroa para encontrar uma gata. Tava tudo ótimo, mas minha mulher falou que chegaria por volta das
15h, meu celular tá sem bateria, nem sei que horas são. Mano, pode me mostrar as horas no seu
celular?”
O segurança continuou impassível, ignorando–o completamente.
Jimena, vendo aquela cena, sorriu também. Carlos não estava nada convincente.
Percebendo que precisava apelar para a emoção com aqueles seguranças indiferentes.
Ele fez uma expressão de quem estava em apuros e disse: “Mano, vocês também têm mulher
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e filhos, querem que eu chegue tarde e minha mulher desconfie, né? Isso pode arruinar meu
casamento.”
Um dos seguranças, cansado da situação, disse: “Você pode ir para casa agora!”
“Mas e a mina que tá me esperando no quarto? Não posso simplesmente abandoná–la, né? Somos
todos homens, vamos nos entender.”
Ele continuou atuando como um homem dividido entre a traição e a família.
O segurança que não havia emprestado o isqueiro encarou–o com desdém. Apesar de desprezar sua
Follow on Novᴇl-Onlinᴇ.cᴏmatitude, como homem, ele entendia seus sentimentos.
Com desdém, pegou o celular no bolso, desbloqueou e mostrou a hora para Carlos. “Ah, já são duas
da manhã“, disse Carlos, dando uma olhada rápida.
No segundo seguinte, ele arrancou o celular das mãos do segurança e saiu correndo.
“Pare!“, o segurança que teve o celular roubado gritou, indo atrás dele instintivamente.
O outro segurança, percebendo que seu isqueiro, que valia uma grana, ainda estava com Carlos,
também foi atrás.
Jimena, assistindo a tudo com o coração aos pulos e um sorriso satisfeito, sentia um misto de
excitação e desprezo.
Carlos havia criticado seu plano, mas no fim, fez exatamente o que ela havia sugerido, roubou o
celular do segurança e fugiu. Isso provava que ela era a mais esperta.
Ao ver que Carlos havia distraído os seguranças, Jimena correu até a porta e começou a tocar a
campainha desesperadamente.
Segundos depois, a porta se abriu, revelando o rosto abatido e ansioso de Olivia. Ao ver Jimena, ela
exclamou aliviada: “Jimena, você veio mesmo!”
“Sem tempo pra conversa, vamos correr!” Jimena puxou Olivia para fora do quarto e ambas
acelerando em direção ao elevador.